O certo e o errado em inglês: disparates cometidos pelos guardiões do idioma
A lista negra dos “guardiões do idioma” é extensa. A regra proibindo a divisão do infinitivo, já abordada noutro artigo, é apenas uma delas; existem muitas outras. Por exemplo, os “guardiões” declararam guerra à expressão It’s me (sou eu), decretando que a única forma aceitável é It’s I. De acordo com eles, esta forma tem mais lógica. Infelizmente para eles, todo o mundo diz It’s me, que é a forma universal em inglês. A pessoa que usar It’s I pode ser olhada como se algo houvesse de errado com ela. O mesmo pode acontecer se ela usar outras expressões também ditadas pelos “guardiões”, como, por exemplo, Whom did you see? (Quem você viu?), em vez de Who did you see? que é perfeitamente normal e usada por quase todos com a maior tranquilidade. Os “guardiões” acham que whom, em vez de who, é mais correto porque era assim que as pessoas falavam há quinhentos anos e assim surgiu a regra: usa-se who para designar o sujeito de um verbo (Who keeps the keys?/Quem guarda as chaves?) e whom para designar o objeto. Portanto, Whom did you see? Ora, rebatem os opositores, a ideia é absurda. Se vamos ressuscitar essa palavra, então vamos ressuscitar os milhares de outras que já foram usadas e descartadas ao longo da história do idioma.
Mais disparates dos guardiões do Inglês
Dupla Negativa em Inglês
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Enfim, é bom você saber que a regra é rigorosamente observada no Standard English e que estará em todos os livros de gramática. Mas lembre-se de que muita gente mundo afora nem sequer toma conhecimento da sua existência, especialmente no inglês falado pelos menos letrados.
Formação de Verbos em Inglês
Todos esses verbos hoje são tão corriqueiros em inglês que é difícil entender o porquê da polêmica, ainda mais quando se trata de um processo de conversão que faz parte do idioma há séculos. O grande problema, segundo os “guardiões”, é que as pessoas estão aos poucos destruindo a diferença entre um verbo e um substantivo, o que resultará na falta de clareza e em raciocínio lerdo e frouxo. Em The Language Instinct, Steven Pinker é taxativo: Se alguém sofre de falta de clareza e de raciocínio desacelerado, esse alguém são os próprios “guardiões”, que não acompanham a dinâmica do idioma.
O texto acima faz parte do livro Once Upon a Time um Inglês… A história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta escrito por John D. Godinho. Adquira essa obra nos seguintes endereços: |
O certo e o errado no inglês: as divergências
Propostas e reformas ortográficas na língua inglesa
O certo e o errado no inglês: regras normativas e descritivas
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