Nomes em Inglês: Fontes de Nomes na América
Os americanos tiveram que inventar formas práticas para dar nomes a localidades à medida que marchavam em direção ao Oceano Pacífico. Às vezes, as soluções encontradas vinham em ondas. Houve uma época em que a moda era dar nomes baseados em algum dado da história antiga. Daí surgiram inúmeros vilarejos e povoados com nomes clássicos: Troy, Utica, Athens, Corinth, Memphis, Sparta, Cicero, Carthage, Cairo, Hannibal e muitos outros.
Houve também a moda de dar às novas comunidades o nome de um dos fundadores, ou então de alguém com qualidades exemplares, entre elas o simples fato de que o homenageado era detentor do poder local. Neste sentido, é interessante notar que, com a exceção de Washington, não existem cidades de primeira grandeza com nomes dos mais famosos personagens da história americana. Não há uma grande cidade chamada Franklin ou Jefferson ou Hamilton. Mas há um bom número de cidades importantes cujos nomes prestam homenagem a cidadãos que tiveram apenas quinze minutos de celebridade. É o caso de Dallas, que tem o nome de um obscuro vice-presidente da república, George Mifflin Dallas, ou Cleveland, em homenagem ao dono dos terrenos em que foi construída, Moses Cleveland, ou Denver, que homenageia um governador do território de Kansas.
Com frequência, o nome adotado pelos novos habitantes de um lugar era de origem indígena, ou era o nome dado por outros europeus que haviam chegado primeiro e que, por qualquer motivo, abandonaram, ou foram obrigados a abandonar, o local. Outras vezes, os recém-chegados adotavam um processo que ficava mais ou menos no meio termo. Foi esse o caso quando os ingleses tomaram conta da região de Nova Iorque. Antes deles, tinham chegado os holandeses que montaram um entreposto e prontamente lhe deram o nome de Niew Amsterdam. Em 1653, o governador da colônia resolveu que a melhor maneira de proteger contra os índios e os ingleses seria construir, na pontinha ao sul da ilha de Manhattan, um muro que iria do rio Hudson até o rio East. O muro não foi de grande valia para os holandeses, tanto que, em 1664, foram derrotados pelos ingleses com relativa facilidade. Os ingleses não perderam tempo – o nome do lugar foi imediatamente mudado para New York, em homenagem ao Duque de York. Trinta anos mais tarde o muro foi destruído, mas deixou sua marca para sempre. A estrada de terra batida que corria ao longo do muro tornou-se uma das ruas mais famosas do mundo com o nome que lhe foi dado pelo povo na época: Wall Street (a rua do muro).
(a rua do muro)
Alguns nomes holandeses sofreram apenas ligeiras cirurgias linguísticas e sobrevivem até hoje. Foi o caso de Haarlem e Breukelyn, que passaram a ser Harlem e Brooklyn, e de muitas outras localidades. A própria palavra Manhattan, de origem indígena, sofreu várias mutações antes de chegar ao que é hoje – já foi Manhates, Manthanes, Manhatones, Manhatesen, Manattae e mais meia dúzia de outros nomes. Na Flórida, pelo mesmo processo, o nome espanhol Cayo Hueso (Ilha do Osso) virou Key West. Já Miami era o nome de uma tribo algonquina e ficou por isso mesmo.
Os esquemas mencionados pareciam resolver o problema de dar nomes a localidades. Mas não foi bem assim. O país evoluiu e as localidades se multiplicaram criando situações bastante complicadas como veremos em artigos futuros. (Contato com o autor: John D. Godinho – [email protected])
O texto acima faz parte do livro Once Upon a Time um Inglês… A história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta escrito por John D. Godinho. Adquira essa obra nos seguintes endereços: |
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