O certo e o errado em inglês: o politicamente correto ataca palavras discriminatórias
Em discussões sobre o que é ou não politically correct as fagulhas podem voar em várias direções ao mesmo tempo. Normalmente, o termo é pejorativo quando aplicado por acadêmicos e jornalistas conservadores, especialmente nos Estados Unidos, aos pontos de vista considerados mais liberais sobre questões de raça, gênero, afinidade sexual, ecologia e outros temas. Por sua vez, os liberais atacam o uso de palavras ou termos que eles consideram sexist (especialmente usados por homens contra mulheres), racist (usados por brancos contra negros), ableist (usados contra os deficientes físicos ou mentais), ageist (usados contra idosos), etc.
O politicamente correto ataca palavras sexistas
Toda essa polêmica tem resultado numa série de eufemismos, termos e palavras artificialmente criados que podem levar muito tempo para serem adotados ou então simplesmente ignorados. O termo Ms. (inventado em 1949), por exemplo, foi criado como alternativa para as palavras Miss (mulher solteira) e Mrs. (mulher casada ou viúva). Flight attendant (comissário/a de bordo) é um termo neutro cunhado em 1947 para substituir flight steward e flight stewardess, que fazem distinção entre os sexos. No entanto, os novos termos só vieram a ser geralmente aceitos na década de 1970.
O politicamente correto amplia seu ataque
Os exageros, presunção e arrogância dos “guardiões” são um pequeno mal que tem sido e continuará sendo atacado. Mas os próprios “permissivos” admitem alguma resistência contra mudanças sugeridas por mero capricho, baseadas em modas e manias. Até mesmo o mais liberal dos linguistas concordaria com a necessidade de algumas convenções, como, por exemplo, o fato de que dog se escreve d-o-g e não f-o-o-t.
As divergências sobre o certo e o errado existirão sempre, em qualquer idioma. Em português não é diferente, como se vê no parecer de Cunha e Cintra, em Nova gramática do português contemporâneo, p. 6: “Entre as atitudes extremadas – dos que advogam o rompimento radical com as tradições clássicas da língua e dos que aspiram a sujeitar-se a velhas normas gramaticais – há sempre lugar para uma posição moderada…” E como já disse John Ciardi, poeta, professor e crítico americano: “No final das contas, a resistência dos conservadores pode até não dar em nada, mas pelo menos obriga as mudanças propostas a provarem o seu valor.”
O texto acima faz parte do livro Once Upon a Time um Inglês… A história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta escrito por John D. Godinho. Adquira essa obra nos seguintes endereços: |
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